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La Didon - Desmarest




La Didon


ENREDO E LIBRETO
TRECHOS DA EDIÇÃO CRÍTICA DE DIDON
POR Géraldine Gaudefroy-Demombynes, éd. Musica Gallica et CMBV, Versailles, 2003.

Libreto: Madame de Saintonge
Música: Henry Desmarest

Enredo de Didon (1693)

Prólogo
O Palácio de Marte...
Marte, a Fama e sua Comitiva cantam os triunfos, o poder e a glória do Rei, elevando um troféu em sua honra. Mas todos estes ruídos guerreiros perturbam Vênus, que se queixa de não poder restabelecer seu império. Todos associam então a sua festa a guerra e o amor. No entanto, Marte anuncia a superioridade de sua glória sobre o amor, ilustrado pela história de Dido.

Ato I
O palácio de Dido...
A angústia agita o espírito de Dido no dia em que desposará o herói troiano Enéias. A ameaça da cólera de Iarbas, cujo amor tinha sido por ela desprezado, pesa em sua consciência. Mas ela está atormentada sobretudo pela visão de Siqueu assassinado reprovando-a por ter traído sua promessa de fidelidade. Ana a tranquiliza. Enéias reaparece, impaciente para se unir à rainha. Os dois amantes se prometem um amor eterno. Mas os habitantes de Cartago, com pressa em render homenagem aos futuros protetores de sua cidade, acorrem para celebrar e cantar a felicidade dos futuros esposos. A festa acabada, Dido e Enéias decidem apressar seu casamento, a fim de evitar a cólera de Iarbas, que acaba de chegar em Cartago.

Ato II
Um bosque e ao fundo dos rochedos, de onde cai uma corrente de água...
Agitada por um obscuro pressentimento, Iarbas envia Arcas para buscar esclarecimentos. Sozinho, Iarbas chora sua sorte. Mas a cólera abafa seu lamento. Cheio de desprezo e ira, invoca seu pai Júpiter e clama por vingança. Júpiter surge e promete cumprir sua resolução se Dido lhe recusar seu amor. O deus tenta apaziguar o furor de Iarbas chamando as Dríades e os Faunos do bosque de Cartago. Iarbas percebe Enéias que se prepara para partir e os dois rivais se confrontam exaltados: o rei de Getúlia usa várias tentativas de intimidação, enquanto Enéias provoca seus ciúmes. Exasperado, Iarbas empunha sua arma contra Enéias, mas Vênus aparece e encobre seu filho sob uma nuvem protetora, deixando Iarbas entregue à sua dor e às suas ameaças contra a rainha.

Ato III
Uma alameda de árvores, na qual os galhos se encontram ao alto em forma de berço, e ao fundo, uma gruta...
Inquieta com o atraso de Enéias, Dido apela a uma Feiticeira que invoca Plutão. Surgem Fúrias e Demônios. Uma Fúria revela o destino de Dido de maneira enigmática. Encantamento infernal. A Feiticeira recorre então aos Demônios aéreos transformados em Amores para trazer esperança à rainha. Ana reaparece e conta à rainha que Enéias se prepara para deixar Cartago. Dido irada envia sua irmã para procurá-lo e suplicar que retorne. Mas a rainha deve suportar os lamentos e recriminações de Iarbas. Este último, oprimente e inquietante, acaba por deixar a rainha em estado de desespero. Barcée acorre e lhe informa sobre a volta de Enéias.

Ato IV
Um grande salão ornado de diversas figuras que marcam as vitórias passadas de Cupido...
Enéias retorna, mas para anunciar à rainha sua partida de Cartago. Ternas recriminações e furor de Dido acabam por suavizar o coração de Enéias. A rainha ordena uma festa em honra de Cupido. Uma tempestade anunciando a chegada de Mercúrio interrompe a homenagem e dispersa os habitantes de Cartago aterrorizados. Dido se retira com sua corte, mas Enéias é interrompido por Mercúrio que o exorta, em nome de Júpiter, a deixar Cartago. Enéias se sente oprimido diante do dilema. Ele contempla o suicídio enquanto o palácio de Dido parece encoberto pelo fogo e raios. Acate o salva de seus pensamentos sombrios ao forçá-lo a dirigir-se a seus navios.

Ato V
Os jardins do palácio de Dido e o mar à distânia...
A festa interrompida pela tempestade retoma seus divertimentos. As Ninfas locais chamadas por Barcée envolvem Dido e tentam em vão distraí-la. Ana anuncia a partida definitiva de Enéias. A cólera e o desvario de Dido aumentam quando ela percebe o navio de Enéias açoitado por uma violenta tempestade. Ela cai sem sentidos em meio a uma torrente de palavras ardentes. Subitamente a sombra de Siqueu surge dos véus do outro mundo e condena a infiel antes de desaparecer. Despertando de seu desmaio, Dido, aterrorisada, compreende que ela não pode escapar ao destino previsto pelas Fúrias : ela rasga suas roupas, fere o próprio coração com o punhal de Enéias e tomba em cena, depois de seu último lamento.

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