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"Tristão e Isolda" faz parte da agenda do Festival de Ópera |
Uma das óperas mais importantes da história da música erudita será apresentada amanhã, às 19h, no Teatro Amazonas, dentro da programação do 15º Festival Amazonas de Ópera (FAO). Trata-se de “Tristão e Isolda”, criação de Richard Wagner (1813- 1883), considerada responsável por estabelecer as bases para os rumos que a música clássica viria a seguir no século 20.
“Depois de ‘Tristão e Isolda’, praticamente toda a música tonal acabou, pois não havia mais o que inventar, e os compositores começaram a procurar novos caminhos. A escola de composição surgida mais tarde em Viena, caracterizada pelo atonalismo, é considerada uma filha forçada dessa ópera”, explica Luiz Fernando Malheiro, diretor artístico do FAO e responsável pela direção musical e regência do espetáculo. A peça de Wagner, ele acrescenta, “é sempre um desafio musical para maestros, cantores e orquestras”.
Elenco de peso
Malheiro destaca como um dos trunfos da montagem do FAO a presença no elenco da soprano carioca Eliane Coelho, hoje a cantora lírica brasileira de maior destaque no cenário lírico internacional. Ela interpretará o papel de Isolda. “Esta montagem foi de certa forma pensada para ela, pois sabia que ela tinha vontade de estrear nessa ópera, e está sendo muito legal trabalhar com a soprano”, ressalta.
O maestro não poupa elogios também a John Charles Pierce, tenor norte-americano que traz uma vasta experiência no papel de Tristão. “Diferente de Eliane, que está estreando como Isolda, ele já cantou em mais de 80 montagens diferentes de ‘Tristão e Isolda’, além de ser um grande artista e uma ótima pessoa”, diz.
Também estreando neste Wagner está a mezzo-soprano paulista Andreia Souza, que será Brangäne, acompanhante de Isolda. “Para mim é uma revelação. É um papel difícil, complexo, longo, e ela está fazendo muito bem. Ela é meio que um lançamento do festival”, aponta Malheiro.
Longa duração
A montagem de “Tristão e Isolda” terá cerca de cinco horas de duração, incluindo dois intervalos entre os três atos da ópera. A extensa duração é uma dificuldade a mais para os artistas que atuam no espetáculo. “Em comparação às óperas d’‘O Anel do Nibelungo’ (tetralogia wagneriana que o FAO apresentou na íntegra em 2005), considero esta mais complexa. Ela exige mais da orquestra, quase todos os instrumentos são solistas, e o grau de complexidade é maior. E é longa, exige bastante do físico tanto dos cantores quanto dos instrumentistas”, assinala o maestro.
Inspirada numa lenda medieval celta, “Tristão e Isolda” gira em torno de um cavaleiro da Cornualha encarregado de buscar a esposa prometida do rei, que também é seu tio. Acontece que Tristão e Isolda, respectivamente o cavaleiro e a esposa prometida, acabam por se apaixonar. O amor entre eles, porém, está fadado a um triste final: os dois são descobertos pelo rei e seu séquito. Tristão, ferido mortalmente no embate, morre nos braços da amada.
Serviço
“Tristão e Isolda” – 15º Festival Amazonas de Ópera
Onde: Teatro Amazonas, Largo de São Sebastião, Centro
Quando: quinta-, dia 19, e domingo, dia 22, ambas às 19h
Ingressos: de R$ 5 a R$ 80, dependendo da localização do assento
Informações: (92) 3232-1768
“Tristão e Isolda” – 15º Festival Amazonas de Ópera
Onde: Teatro Amazonas, Largo de São Sebastião, Centro
Quando: quinta-, dia 19, e domingo, dia 22, ambas às 19h
Ingressos: de R$ 5 a R$ 80, dependendo da localização do assento
Informações: (92) 3232-1768
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